Modernidade republicana, reformas urbanas e expansão da escola primária na Amazônia brasileira (1897-1910)
DOI:
https://doi.org/10.29351/rmhe.v2i4.46Palavras-chave:
Historia de la Educación, Enseñanza primaria, Belém do Pará, Modernidad republicana, Brasil, Belle ÉpoqueResumo
Neste artigo analisa-se o processo de expansão da escola pública primária no Estado do Pará, situado na Amazônia brasileira. Privilegiando o recorte temporal de 1897 a 1910, a pesquisa foi dedicada à análise de fontes oficiais da Instrução Pública. Esta documentação foi interpretada tendo em vista três eixos temáticos centrais: a) as modalidades de organização da escola primária; b) as representações sobre a escola e os sentidos políticos de sua expansão; c) as concepções de República em disputa. Fundamentado nas contribuições teóricas da História da Educação e da História Política, sugere-se através deste trabalho que o encantamento provocado pela suntuosidade dos prédios escolares, as festas e os desfiles cívicos dos alunos nas belas ruas da capital Belém emergiram como “espetáculos de civilidade” em face às manifestações culturais/religiosas populares. A escola primária, especialmente os grupos escolares, foi representada como instrumento de progresso, elemento fundamental para a construção da “modernidade republicana”, “tradição inventada” na chamada Belle Époque.
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